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sábado, outubro 15, 2011

A arte de ser sogra

Não há receita para o modelo de sogra, mas acredito que existe uma espécie de arte em saber ser sogra, arte que só o amor expressa e dá forma. Não há mistério nem regras pré-estabelecidas, além da verdadeira vontade de acertar.

Considero o ser sogra uma das modalidades da difícil arte de viver, como ser mãe, esposa ou filha.

Para ser uma boa sogra é necessário, antes de mais nada, desejar sê-lo e pautar sua conduta de acordo com esse desejo, que deve ser, acima de tudo, sincero, para ser eficiente. Não deve nunca se imiscuir na vida do casal; abster-se sistematicamente de qualquer interferência na educação dos netos; manter sempre um clima de camaradagem com as noras, possuam elas o temperamento que possuírem, sendo compreensiva e tolerante bastante e procurando buscar em cada uma os pontos de afinidade para que formem elos de simpatia mútua; ajudá-las com espontaneidade, sem impor-lhes seus préstimos e sobretudo procurar amá-las como se fossem suas filhas.

Ser sogra é ser suplente de mãe e, portanto, a parte mais amena de seu papel é ser amiga das noras, considerando encantadoras essas criaturinhas jovens que seus filhos escolheram e que os fazem felizes e que lhes dão netos que coroarão a sua existência de irradiante felicidade e serão a continuidade de sua vida, único meio real e positivo de sobrevivência depois de uma certa idade.

Uma boa sogra, pois, jamais concorrerá para desinteligências nem desarmonia dos casais, devendo trazer sempre presente em seu pensamento que existe um laço comum muito importante unindo-a a sua nora: a felicidade do filho em particular e de toda a família, em geral!
(Do livro Crônicas oportunas)