Foi nas patas do cavalo
Que alargamos a fronteira
Fazendo vir até aqui
A cultura missioneira
E o progresso transportado
Na carreta rangedeira
Que abriu novos caminhos
Da terra sul-brasileira
Era pata de cavalo
Era roda de carreta
Era ronco de cordeona
E chio de chaleira preta
E no meu pago nativo
De campos e mananciais
E com rastros de saudade
Herança dos ancestrais
Marcando com sulcos profundos
Os velhos campos neutrais
Que foram pouso e morada
De meus avós e meus pais
De combates e de guerras
Foram feitas trajetórias
Uns tombavam em campo aberto
Outros voltavam com a glória
Cobertos de cicatrizes
Pelas lutas e vitórias
Poesia, sangue e versos
Fazem rastros da história
(Yé e José Ernesto Tavares)
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