sexta-feira, março 30, 2012

e quando a chuva cai ...

e quando a chuva cai
em sussurros ao nosso redor
as vezes com pausas alongadas
ou suaves pingos nas vidraças ...

e quando a chuva cai
interrompe os silêncios
bate doce no capim que abraça
afaga a natureza que vibra e revive

apaga o ontem infeliz a melancolia imaginária do sentir
lava a alma poeta
derrama em gotas os pensamentos
escreve letras nos rastros das areias

soa numa fala mansa
grita trovões
acende raios de paixões
e descansa
no sinuoso aroma em êxtase

espalha as nuvens
descobre o cais do sol
inunda em versos
os sonhos da lua
dos mortais poetas
que esperam o cair da chuva
dos poemas que regam
imortalizando a terra.
 
JF/MG-09/03/2004- 22h13
(Direitos reservados ao autor)

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