Em minhas
noites insones, quando apenas a madrugada e o silêncio me fazem
Companhia...
Quando os pensamentos atropelam-me a mente fazendo fluir as
Dores...
Cansada de perceber as lágrimas queimando-me a face e, exausta em
Busca de
explicações que não existem...
Mesmo que
não saia do lugar meus pés ardem e sentem o peso
Da caminhada
fria e vazia.
Um olhar ao infinito...
Faz-me
perceber o quanto é bonito...
Faz-me ouvir
estrelas e perceber as constelações.
Faz-me
sonhar com lugares mais altos e mais distantes mais
Verdadeiros e
aconchegantes.
Traz-me de
volta lembranças de que não preciso mais...
Amareladas
pelo tempo, dispostas em minhas telas e em meus porta retratos.
Um olhar ao
infinito acorda os faróis da lua, acende os olhos de Deus que vêm
de encontro
aos meus.
E esse
olhar, sublime, amoroso e terno, enxuga-me o peito do sangue doido que
o coração sangrou
ao despedir-me do amor.
Cuida-me as
feridas e cicatrizes cada dor.
Um olhar ao
infinito.
Faz-me
lembrar, finalmente, que não sou filha da terra,
Que não
viverei, eternamente ao léu...
Faz-me me
lembrar com destreza, que um dia, com toda certeza irei habitar o céu.
Estarei
entre as estrelas, vizinhos da lua e do sol.
Deitar-me-ei
nos flocos das nuvens e não precisarei mais voar...
Andarei por
canteiros de margaridas...
Um olhar ao
infinito...
Acorda minha
beleza, faz-me sentir a leveza do vento calmo da tarde
que aos
poucos adormece e o dia para a noite me adormecer.
Crivados
pelas estrelas, cegados pela luz do sol,
Um olhar
infinito.
Trouxe o
carinho de Deus em quem confio e espero.
Promessas
cumpridas serão e a felicidade e eterna adentrará em meus
Olhos clareados
pela oração...
Acordará minha
alma, cansada deste meu leito,
Cansada de
tanto adeus...
Um olhar ao
infinito acordará sorriso, descansará minha vida,
Nos braços
eternos de Deus!
(Cida
Valadares)
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